segunda-feira, 5 de julho de 2010

Reunião na AGAUV



No final da tarde de sexta-feira embarquei em direção a Porto Alegre para, a partir de lá, embarcar para a cidade de Concórdia / SC. Há muito tempo eu devia uma visita a essa regional, e havia me comprometido com o Sunti e o Seu Schneider a participar da reunião da AGAUV, que seria realizada no dia 3 de julho. Promessa feita, compromisso assumido. E me bandeei para Santa Catarina.

A viagem foi tranqüila, e na madrugada de sábado o Sr. Schneider “resgatou-me” na rodoviária de Concórdia e levou-me para sua casa em Peritiba, onde sua esposa nos aguardava com chimarrão e café da manhã. No centro de Peritiba, encontramo-nos com outros participantes da regional, e embarcamos no micro da prefeitura de Ipira, capitaneados pelo Toco (eleito nosso navegador) e comendo os lanches providenciados pela Marlene e pela Cátia. Recolhemos mais alguns participantes pelo caminho e fomos em direção a Aratiba – via Três Arroios -, num percurso que Marlene chamou apropriadamente de “turismo ecológico”, já que o trajeto foi realizado todo em estrada de terra, rodeada por uma paisagem maravilhosa.

A reunião ocorreu na câmara de vereadores de Aratiba, onde fomos recebidos pelo Wellington com um farto lanche – na verdade, comemos o dia todo... Periodicamente a associação reúne os representantes de seus grupos filiados para discutirem não apenas ações a serem postas em prática pelos participantes mas, também, planejarem conjuntamente as atividades que reunirão os grupos que fazer parte dessa regional.




A reunião teve início por volta das 9h30, e foi aberta e conduzida pela sra. Cátia Tessmann, coordenadora do grupo de danças Hohe Schöne Aussicht (Alto Bela Vista /SC) e atual presidente da AGAUV. Após a leitura da ata da última reunião e da prestação de contas feita pelo Sr. Nilvo Schneider (Grupo Sünnros, de Peritiba /SC), tesoureiro da instituição, a palavra foi passada a mim, para conversarmos acerca das atividades do departamento de danças folclóricas e para responder às perguntas que os participantes da reunião tinham acerca de trajes, acervo e funcionamento do próprio departamento.

Após a explanação e o esclarecimento das dúvidas, a reunião discutiu os próximos encontros que serão realizados pela regional, as “Volksfest” nas categorias infanto-juvenil, adulto e idosos. Achei muito interessante duas situações: a primeira foi a oferta da diretoria da AGAUV em intermediar a conversa entre grupo e poder público municipal onde haja necessidade de receber da prefeitura uma força ainda maior; a segunda, foi a discussão em grupo do desenvolvimento das atividades que serão realizadas nas festas planejadas para cada uma das categorias. Achei muito positivo a AGAUV se oferecer, enquanto instituição, para auxiliar os grupos que precisam de uma força maior das prefeituras, bem como achei muito democrática a abertura e discussão de questões relativas ao funcionamento e dinâmicas dos próximos encontros da regional, o que demonstrou um diálogo franco e aberto no interior da associação.

Após a reunião, Weelington nos conduziu a um restaurante da cidade para almoçarmos (e lá fomos nós comer. Mais uma vez...) onde tivemos a imensa alegria de acompanhar o final da partida de futebol da Alemanha contra a Argentina e pudemos ver os argentinos voltando para casa. De quatro... : D

Quando voltamos para Peritiba e me despedi do pessoal, fiquei na casa da costureira Edi, que levou-me à noite até Concórdia, onde embarquei de volta para Porto Alegre e, de lá, para Gramado.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Artigo Publicado na Alemanha - tradução

Segue a tradução livre do artigo publicado na Alemanha:

"Dança Folclórica Alemã na América do Sul - Seminário no Brasil

Ingrid e Harald Mertens, do Volkstanzkreis Deutsch Evern, estiveram neste ano por quatro semanas no Brasil, onde ministraram seminários de danças folclóricas alemãs. Aqui segue o relato deles.

Tudo começou durante o Bundesvolkstanztreffen em Offenburg. Uschi Müller, igualmente relatora do DGV, perguntou-nos se nós não gostaríamos de voar para o Brasil e lá ministrar seminários de danças folclóricas alemãs. Nós refletimos por longo tempo: como será com nossos filhos, trabalho e assim por diante? Porém nós travamos contato com o Brasil e organizamos um programa de seminário com cerca de 60 danças. O que não foi fácil, porque o repertório já trabalhado abrangia mais de 700 danças.

Uma jornada cansativa

14 horas de viagem em três diferentes aviões, quatro partidas e quatro pousos, num total de 28 horas de viagem de “porta de casa até porta de casa”, lugares estreitos, muito pouco sono, isso custa energia e um bocado de paciência. Porém a certar altura pousamos em Porto Alegre, cerca de 11.000 km de distância de nossa casa e nossos hospedeiros, Gerhard Kleine e sua nora Denise nos receberam. Mais uma hora de carro montanha acima para um lugarejo maravilhoso na Brasil, na cidade de Gramado, estado do Rio Grande do Sul.

Pelas próximas quatro semanas a “Casa da Juventude”, fundada há cerca de 40 anos, com uma construção cuidadosa e uma cozinha de primeira classe foi o nosso lar. Uma única gota amarga: fazia “apenas” 16ºC e à noite fazia realmente frio. Este deveria ser o verão brasileiro? Mas nós nos mantivemos esperançosos e realmente ficou mais quente. Realmente, três dias depois as camisetas foram vestidas.

Paradoxo: Natal no verão

Realmente: em Gramado ocorre anualmente o maior desfile de Natal de todo o Brasil. E a cidade (com cerca de 30.000 habitantes) é enfeitada, músicas de Natal – também em alemão – soam o tempo todo e nós fomos esclarecidos: o Natal lá é festejado do início de novembro até metade de janeiro e muitas pessoas vivem desse turismo. Para nós, um paradoxo: Natal e verão.

Gramado é uma cidade muito bonita e estruturada e oferece uma variedade de estabelecimentos comerciais, hoteis, restaurantes e atrações turísticas. Uma delas nós tínhamos exatamente à frente da porta de casa, o Lago Negro e diariamente os turistas despendem algum tempo lá.

No Brasil há cerca de 240 grupos de danças folclóricas, os quais são membros da Seção Brasil do DGV. Todos eles cultivam as danças folclóricas alemãs e internacionais, gostam de cantar e conhecem a fundo a cultura alemã.

Deutsch Evern fez-se conhecida

Nós tivemos o tempo de um dia para nos ambientar e conhecer a fundo os hábitos. Então chegaram os primeiros participantes e nosso trabalho começou. No total foram convidados para uma semana três grupos, o primeiro e o último grupo foram freqüentados por cerca de 50 pessoas e o grupo do meio (especial para danças infantis) contou com 24 participantes. Denise desenvolveu um minucioso plano de trabalho diário que começava com o despertar às 7h da manhã (na maioria com o canto de participantes) e se encerrava frequentemente às 22h.

Na escadaria na frente da Casa nós encerrávamos o dia com uma caipirinha preparada por nós mesmos. A cada oito dias nós nos despedíamos dos participantes (alguns com muito choro), trocávamos muitos endereços e a localidade de Deutsch Evern fez-se conhecida no Brasil.

Em algumas horas livres Frau Kleine e nós visitamos uma cachoeira, o zoo, o Parque do Imigrante e outras curiosidades. Ingrid precisou testar também o serviço de ambulatório... Após este tempo inesquecível nós voltamos novamente para o inverno; mas talvez digam-nos novamente no próximo janeiro: bom dia (Guten Tag.)
Ingrid e Harald Mertens"

Artigo Publicado na Alemanha

Segue abaixo o artigo publicado na revista semestral do DGV (Volkstanz 2/2009) sobre os cursos de danças no Brasil. Num outro post incluirei uma tradução.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Curso de Danças para a 3ª Idade - 2010

De 7 a 12 de junho deste ano foi realizado na Casa da Juventude mais um edição do Curso de Danças Folclóricas Alemãs para a 3ª Idade, dirigido a coordenadores que atuam com grupos de casais e idosos. Em função da alteração da data (de julho para junho) o curso contou, neste ano, com um número menor de participantes.
Durante a realização do curso os participantes fizeram estudos coreográficos, a partir dos quais as danças foram preparadas. As danças selecionadas para este curso são do folclore alemão, porém com figuras e passos que podem ser praticados, também, por idosos. Para dar conta das necessidades deste grupo em especial, realizamos algumas adaptações em algumas danças, como a realização de uma figura no dobro do tempo indicado pela Tanzbeschreibung para evitarmos movimentos bruscos e rotações muito rápidas.
Além da realização das danças – 15, no total – os participantes contaram com uma oficina de arteterapia ministrada pela professora Sabrina Sironi e se reuniram em mesa redonda para a troca de experiências sobre o trabalho e atividades desenvolvidas por seus grupos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Imagem no perfil do blog


Trata-se da gravura de um par no traje da ilha de Föhr, localizada no norte da Alemanha, no Mar do Norte. A ideia é trocar a imagem do perfil constantemente, sempre apresentando um traje diferente.


Um dos destaques deste traje está na vestimenta feminina. Além de carregarem uma espécie de turbante, feito em lenço de seda como um ninho, as moças carregam no peito correntes que contém filigramas de prata que geralmente representam a fé, o amor e a esperança.

Pesquisa

Temos nos preocupado constantemente com as questões relativas à formação dos coordenadores e aos repertórios trabalhados nos grupos. A preocupação gira em torno da ideia de que é necessário que cada Tanzleiter convidado da Alemanha traga apenas repertório novo, quando nosso acervo conta com mais de 700 danças. Por isso, dirigimos aos grupos um questionário cujo objetivo é conhecer mais de perto as necessidades e o perfil dos grupos de danças. Contamos com a resposta de todos para que possamos realizar um trabalho consistente e fundamentado, sólido o suficiente para se manter de pé por mais muitos e muitos anos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Iniciando

Caros amigos!

Estamos inaugurando o blog do departamento de danças, que deverá ser o nosso canal aberto para a divulgação de textos sobre a dança e o folclore alemães, além de ser um ponto de diálogo e de convergência entre nossos grupos: estamos distantes fisicamente, mas a internet nos aproxima!

A ideia do blog é a de publicar tanto textos técnicos sobre a dança folclórica quanto sobre a história da imigração alemã para o Brasil, além de resgatar as tradições trazidas pelos imigrantes para a nova terra.

Além dos textos de nossa autoria, queremos publicar trabalhos de outras pessoas. Para tanto, quem quiser contribuir para o blog pode mandar seus textos para o email deptofolclore@via-rs.net - os trabalhos serão lidos e publicados.

Contamos com todos para mais este espaço de debate!

Um abraço a todos,

Denise Quitzau Kleine